Livro: The Perks of Being a Wallflower (1999)

Li o livro depois de um tempão que está na minha lista. Devo ressaltar *novamente* que eu não leio desde o ano passado quando parei um livro pela metade e não consegui terminá-lo. Mas por algum motivo desconhecido pra mim abri o arquivo em pdf no celular ontem às seis da noite. E terminei o livro por volta das quatro da manhã de hoje. Adoro livros que eu leio muito rápido. Me mostra o quanto eu realmente gostei do livro. Independente se é fluido ou não, se eu me apaixonar pela história eu não vou parar por nenhum motivo que não seja minhas obrigações. E esse livro é especialmente curtinho, e eu já sabia a história e o desfecho porque eu já tinha visto o filme. Aliás, amava o filme, e amo ainda mais agora, porque não mudou quase nada. Foi uma das adaptações mais fiéis que eu já vi. E eu não esperava isso quando soube que o formato como foi escrito, em forma de cartas a um desconhecido. 
Se você não conhece essa é a história:
Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, As vantagens de ser invisível reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir “infinito” ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo. 
Via Skoob
 A história nem é espetacular em si, os acontecimentos são basicamente os mesmos que acontecem com qualquer pessoa que frequenta o ensino médio. Mas os sentimentos são mostrados de uma forma tão sincera, tão simples. Eu lembro de ter lido na internet quem não gostasse do livro ou filme, mas é uma questão de se perguntar: Você já se sentiu infinito?
Porque eu já e é impossível pensar em outra definição pra um sentimento tão único como as descobertas libertadoras da adolescência. Eu queria muito poder reviver esse sentimento, e isso me fez sentir muito próxima do Charlie. Na verdade, tudo fez. Porque as incertezas, os questionamentos e todo o vazio seguido de euforia e vazio novamente é ainda muito claro pra mim. Mas algumas frases realmente são muito mais maduras do que eu teria pensado na minha época de adolescência. E eu pensava muita coisa nessa época. Muito mais do que se as pessoas ao meu redor são felizes, como o Charlie faz. Eu pensava isso também, mas as coisas eram ainda mais tristes antes. Eu não pergunta se, eu me perguntava como; "Como essas pessoas são felizes com essa vida?"
"As coisas mudam e amigos vão embora e a vida não pára pra ninguém"

Essa frase me faz chorar com toda a emoção da realidade dessa descoberta.
Porque você sempre acha que as dores adolescentes vão durar pra sempre. E você meio que deseja isso. Que as coisas não mudem. Que a vida continue a mesma.

Eu ia fazer uma postagem mais longa mas decidi fazer um post separado pra quem não curte spoilers.
Falando sobre as experiencias do Charlie.  [Spoiler alert]

Ultimas considerações, eu achei o final um pouco incompleto, talvez se tivesse um final mais esperançoso e "feliz" como é no filme eu tivesse curtido ainda mais. De qualquer jeito o final me deixou bem melancólica, embora eu já soubesse toda a história.

P.s.: Fico impressionada como eu consigo escrever rápido quando eu realmente estou inspirada, eu queria escrever a mais de uma semana, principalmente sobre o que eu estou vendo e vivendo nesse momento, mas a motivação pra escrever só veio hoje de manhã quando estou atrasada e com sono por ter passado a madrugada lendo... provavelmente estarei terminando a postagem à noite porque eu sempre demoro pelo menos um dia pra escrever algo muito simples.
P.s. ²: Escrito na sexta, postado no domingo. 

Comentários

Ryoko Bel disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Ryoko Bel disse…
Oi Regina, tudo bem ???
Fiquei muito feliz de saber que você curtiu o livro, de verdade !!! Ao contrário de você, eu não gostei muito do livro, não sei porque, mas não consegui me conectar ao personagem, não consegui sentir nada por ele sabe ?! O personagem que mais se destacou para mim foi o Patrick, mas isso porque eu já tinha amado ele no filme, rsrsrs.
Por falar em filme, eu acho que acabei gostando mais do filme do que do livro, acho que porque dessa forma consegui entender melhor os personagens, ver suas emoções e sentimentos. ^^

Beijinhos
Ps: tive que excluir o outro comentário pois percebi que havia copiado outro comentário junto ... Vê se pode, rsrsrs
Hear the Bells
Regina Kadov disse…
Normal, vivo dando error 404 xD
Quanto ao filme eu tinha adorado principalmente pelo Erza Miller, mas o livro tem coisas que me surpreenderam bastante, tipo me identificar com a Elizabeth, a ex do Charlie. Não gostei dela no filme, mas achei ela super parecida comigo no livro. Também tenho uma coisa ao meu favor, eu não vejo os personagens do filme que eu já vi nos livros que eu estou lendo; ajuda bastante porque não desvia minha atenção fazendo comparações enquanto leio.
Mas tem outros motivos para eu ter adorado tanto. Quando eu fizer o post eu vou linkar nesse, porque agora ficou um pouco desconexo aí em cima.
xoxo, Regina K.
Mia Sodré disse…
Eu não consegui gostar desse livro. :( Adoro o filme, mas o livro simplesmente não transcendeu com a minha essência. Acho que o grande problema, para mim, foi a forma como o autor abordou o trauma sofrido por Charlie. Porque Charlie virou um babaca por conta disso. E, isso é muito pessoal para mim, acredito que um trauma não é justificativa para ser babaca. Mas, quando as emoções estão envolvidas perdemos o julgamento coerente. Então, acho que nem posso opinar, de fato, sobre o livro, porque né. Enfim.

Beijo! ;*
Regina Kadov disse…
Quando ele foi babaca? Entendo quem não curte o livro, eu fiquei bem desconfiada com o formato que ele foi escrito, mas achei muito fiel a como os pensamentos são confusos com pessoas psicologicamente instáveis. Principalmente as "crises" de violência.
xoxo

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